quarta-feira, 31 de maio de 2017

Apresentação





O III Simpósio de História da Uespi, evento de caráter regional, é uma iniciativa de pesquisadores e alunos que compõem o Grupo de Pesquisa em História Oral - GPHO/UESPI, no sentido de fomentar o debate acadêmico e o desenvolvimento de pesquisas relacionadas ao tema proposto. A temática Sociedade e Mundos do Trabalho apresenta relevância histórica singular na contemporaneidade. No Brasil como em diferentes países do mundo, a precarização do trabalho vem sendo tema de debates cada vez mais frequentes em diferentes setores da sociedade. Em linhas gerais, cabe considerar que o mundo do trabalho, em escala global, tem passado por um processo de desmantelamento dos direitos sociais. A onda de precarização no trabalho é uma tendência universal, sobretudo a partir da década de 1970, e trouxe à tona o trabalho escravo contemporâneo.
 Em sua terceira edição, o evento contará com duas conferências, uma palestra, mesas redondas, simpósios temáticos e minicursos, agregando na programação pesquisadores de diversas instituições do país, especialmente convidados para o evento.
O evento ocorrerá nos dias 16, 17 e 18 de outubro nas dependências do Instituto de Educação Antonio Freire (IEAF), Teresina.
Aguardamos sua presença!







O Grupo de Pesquisa em História Oral – GPHO/UESPI foi criado no início de 2015 como grupo de estudo em teorias, metodologia e questões relacionadas à história oral. Ele está vinculado à Coordenação do Curso de História da UESPI – Campus Poeta Torquato Neto, Teresina – PI.
O GPHO tem trabalhado e atuado junto à formação de professores através do Projeto de Extensão Ciclo de Palestras e Debates em História Oral, que entre agosto de 2015 à julho de 2017 desenvolveu atividades voltadas para a comunidade. A programação incluiu atividades voltadas para a capacitação docente e realização de atividades paralelas à grade curricular da disciplina de História no ensino básico, com temas relacionados às condições de trabalho nas sociedades contemporâneas, meio ambiente, cidadania, direitos humanos e questões raciais.
A organização do III Simpósio de História da Uespi: sociedade e mundos do trabalho vem de encontro com a meta acadêmica de realização de eventos científicos, tendo em vista que possuem importância fundamental para promover melhoria da produção científica dos discentes, incentivar a participação de professores da educação básica, além de promover diálogo necessário entre pesquisadores.
  






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Programação




OUTUBRO/2017
DATA
DIA 16
Segunda-Feira
DIA 17
Terça-Feira
DIA 18
Quarta-Feira
MANHÃ



08h às 10h

10h às 12h
Mesa-redonda: Memória e Política
Prof. Dr. Johny Santana (UFPI)
Profa. Ma. Clarice Helena Santiago Lira (UESPI)
Prof. Dr. Francisco Atanásio (UESPI)


08h às 10h


10h às 12h
TARDE

14h às 16h30
Credenciamento


17h
Saudação e Mesa de Abertura


17h30
Apresentação Cultural



14h às 16h

16h às 18h
Mesa-redonda: Democracia na América Latina
Prof. Dr. Daniel Aarão Reis (UFF)
Prof. Dr. Antonio Fonseca Neto (UPFI)
Mediador: Prof. Dr. João Batista Vale Junior (UESPI)


15h00 às 17h00
Mesa- redonda: Sociedade e Trabalho
Prof. Dra. Cristiana Costa da Rocha (UESPI)
Prof. Dra. Viviane Barbosa (UFMA/UEMA)
Prof. Dr. Manoel Domingos Neto (UFC)
Mediador: Prof. Me. Felipe da Cunha Lopes (UESPI)

17h
Conferência de Encerramento
Título: A OIT e o Trabalho Forçado

Prof. Dr. Norberto Ferreras (UFF)
NOITE

18h
Conferência de Abertura: 100 anos da Revolução Russa
Prof. Dr. Daniel Aarão Reis (UFF)


18h
Palestra: Trabalho compulsório e escravidão indígena na Amazônia colonial
Prof. Dr. Rafael Chambouleyron (UFPA)


19h
Lançamento de Livros

Cronograma




Lançamento
18/07/2017
Inscrições para submissão de trabalho
(Comunicação Oral)
De 01/08/2017 até 01/09/2017
Prorrogadas até dia 13/09/2017
Inscrições nas modalidades “Ouvinte” e “Ouvinte + Minicurso”
De 01/08/2017 até 01/09/2017
Prorrogadas até dia 29/09/2017
Inscrições em Monitoria
De 01/08/2017 até 29/09/2017
De 20/09/2017 até 30/09/2017
Até 01/10/2017
Até 06/10/2017
Até 06/10/2017
Até 06/10/2017



Os resultados serão divulgados no site e os inscritos notificados via e-mail.










Simpósios Temáticos




VAGAS ESGOTADAS PARA O ST-01
ST-01: História, relações familiares e identidades de gênero.
Profa. Dra. Joseanne Zingleara Soares Marinho (UESPI)
Profa. Ma. Angela Maria Macedo de Oliveira (UESPI)
Profa. Ma. Lívia Suelen Sousa Moraes Meneses (UESPI)

Os campos de estudos das Relações Familiares e das Identidades Gênero constituem-se como dimensões de crescente relevância na historiografia e encontram-se frequentemente vinculados. Isso pode ser observado por meio de intensas e diversificadas produções que, por sua vez, articulam múltiplas feminilidades, masculinidades e relações familiares, estando inseridas em espaços e tempos históricos distintos. Nesse sentido a proposta do Simpósio Temático é reunir e discutir as pesquisas que estão sendo desenvolvidas nas áreas de Família e Gênero que estejam relacionadas a variáveis como: educação, política, direito, religião, trabalho, saúde, corpo, sexualidade e outras, contribuindo, assim, para o fortalecimento de um diálogo entre os/as pesquisadorxs que trabalham com os campos historiográficos em questão.

VAGAS ESGOTADAS PARA O ST-02
ST-02: História, Arte e Cultura.
Prof. Dr. José Luís Oliveira e Silva (IFPI)
Prof. Me. Sérgio Romualdo Lima Brandim (UESPI)
Prof. Me. Francisco Lopes da Silva Filho. (UFMA, CEAD – UFPI)

Este Simpósio Temático pretende proporcionar o diálogo entre criações artísticas, discursividades e apropriações históricas busca reunir pesquisadores, que se interessam para a análise de procedimentos metodológicos no lidar com as diversas linguagens artísticas para a pesquisa histórica (a exemplo de Música, Cinema, Televisão, Fotografia, Artes Plásticas, Literatura, Dança, Teatro, quadrinhos etc.). Nesse entendimento, buscamos a compreensão da historicidade referente tanto ao conteúdo das obras estudadas quanto às suas questões de ordem estética e/ou de recepção e interpretação de seus significados. Assim, procuramos agregar trabalhos que sua pesquisa, metodologia bem como sua escrita façam a relação não só com o oficio do historiador, como também qualquer pesquisador que dialogue com produções artísticas, oferecendo assim, a oportunidade para refletirmos acerca das diferentes maneiras de produzir conhecimento dando espaço à pluralidade de linguagens e temáticas de pesquisa que estejam em sintonia com a renovação historiográfica vigente nas últimas décadas.


ST-03: Educação patrimonial e memória.
Profa. Dra. Salânia Maria Barbosa Melo (UEMA/Caxias)
Profa. Ma. Joana Batista de Souza (Rede Municipal Pública de Codó)

Este simpósio tem por objetivo reunir investigadores interessados em discutir abordagens relacionadas aos campos da Educação Patrimonial e Memória, temas que perpassam as fronteiras de trabalho do historiador, os quais estão relacionados aos diferentes espaços de atuação, de pesquisa, de acesso e de preservação do patrimônio cultural. Nesse sentido, a realização deste simpósio visa a troca de ideias e experiências nesses campos que envolvem o ofício do historiador na atualidade. Conhecer a história da cidade, seu processo constitutivo é sentir-se parte deste processo como ser ativo e pode ser o caminho para a criação da identidade local. A Educação Patrimonial tem sido considerada como o ensino centrado nos bens culturais, objetivando proporcionar às pessoas um maior contato com patrimônio cultural de sua região, possibilitando, a partir da problematização dos objetos ou patrimônios culturais representativos de uma comunidade, a construção coletiva do saber, a estruturação e constituição de uma identidade cultural e histórica. O trabalho da Educação Patrimonial é levar os indivíduos a um processo ativo de conhecimento, apropriação e valorização de sua herança cultural, capacitando-os para uma melhor utilização destes bens e propiciando a geração e a produção de novos conhecimentos, tendo assim um contínuo processo de criação cultural. Essas discussões e trocas de experiências que nos fez refletir mais ainda sobre a temática da Educação Patrimonial no contexto escolar, gerando um diálogo entre os indivíduos e o patrimônio cultural de seu lugar, como lugares socialmente produzidos e ao mesmo tempo privilegiados pelo acúmulo de experiência humana e de vestígios da cultura, resultante da permanente apropriação das “coisas” e objetos do passado, fazem deles “lugares de memória”. Para Nora (1993) compreender estes lugares de memória, é um momento de articulação onde a consciência da ruptura com o passado se confunde com o sentimento de uma memória esfacelada, mas onde o esfacelamento desperta ainda memória suficiente para que se possa preservá-la. Assim, a Educação Patrimonial opera na tentativa de estabelecer um grau de pertencimento, fazendo com que o indivíduo adquira o hábito de valorizar e preservar e o estimula a conscientização dos sujeitos sobre os valores culturais. Essa consciência estabelece a relação do indivíduo com o grupo, ou seja, ele se torna parte do grupo, percebendo-se no grupo, há uma ligação que define os homens e os grupos a interagirem com a sua existência nas dimensões do passado, do presente e do futuro, aos quais são elementos fundamentais que define as identidades.

VAGAS ESGOTADAS PARA O ST-04
ST-04: As multifaces de Clio: entre memórias e narrativas.
Prof. Dr. Pedro Pio Fontineles Filho (UESPI)

O presente simpósio temático tem o objetivo de oportunizar espaço para debates e reflexões acerca da multiplicidade do campo disciplinar da História, no que tange às aproximações entre história, memória e narrativas. No tocante ao aspecto narrativo da História, é importante lembrar daquilo que asseverou Paul Veyne, afirmando que a história “é, antes de tudo, um relato e o que se denomina explicação não é mais que a maneira de a narração se organizar em uma trama compreensível” (VEYNE, 1998, p. 67). De maneira semelhante, Hayden White destacou “as formas estruturais profundas da imaginação histórica” (WHITE, 1992, p. 09), que compõem o campo narrativo da História. Além disso, Michel de Certeau enfatizou que “o discurso histórico pretende dar um conteúdo verdadeiro (que vem da verificabilidade), mas sob forma de uma narração” (CERTEAU, 2011, p. 110). Essas propostas devem ser percebidas no seio das transformações do campo historiográfico, que se processaram, em larga medida, na virada da década de 1960 e princípios da de 1970. Deram impulso para o desenvolvimento de uma História Cultural ou da tendência que se convencionaria chamar de Nova História Cultural. Entendida como essa narração que busca a verificabilidade, a História começa a perceber que a própria memória deve ser compreendida em sua pluralidade, visto que são diferentes os lugares de onde e para onde cada memória é construída, pois “a memória é acima de tudo, uma reconstrução continuamente atualizada do passado, mais do que uma reconstituição fiel do mesmo” (CANDAU, 2011, p. 09). Da mesma forma é fulcral que se percebam as diferentes instâncias entre a lembrança e o esquecimento, como destaca Paul Ricoeur (2012) e que a capacidade mnemônica, como adverte Henri Bergson (2006) é que permite a consciência de passagem de tempo. Assim, a História, como mais um discurso que (re) cria e (re) inventa o mundo e a realidade, está marcada pelas diferentes formas de narrar. Narrativas tais que se utilizam de múltiplas ferramentas e mecanismos, desde o próprio texto escrito de matriz oficial do Estado, até as representações imagéticas. Por esse diapasão, trabalhos que versem sobre as narrativas e memórias (re) criadas no âmbito dos espaços da cidade, bem como aquelas oriundas das dimensões ficcionais e artísticas, como a fotografia, o cinema, o teatro e a própria literatura, são locus de diálogo. Diálogo tal que não pode perder de vista a relação íntima entre a pesquisa e o ensino, visto que é, no ambiente das escolas e das universidades, que a síntese histórica ganha seus contornos e ressonâncias. Nesse sentido, o ensino de história também se configura como palco indispensável para o confronto das narrativas.

VAGAS ESGOTADAS PARA O ST-05
ST-05: Narrativas e Pertencimento
Prof. Dra. Ana Cristina Meneses de Sousa (UESPI)
Prof. Dr. Francisco Chagas O. Atanásio (UESPI)

O grupo de trabalho Narrativas e Pertencimento tem como propósito aferir visibilidade a comunicações de pesquisas acadêmicas que tenham como foco de estudos abordagens e problemáticas atinentes à narrativa histórica, bem como sua contribuição para o processo de compreensão e ressignificação do passado. Entendemos narrativa histórica como uma trama advinda da operacionalização historiográfica e inerente ao ofício do historiador. Esse simpósio procura agregar narrativas do tempo presente/pretérito à noções vinculadas aos sentimentos de pertença, que os sujeitos carregam ou mesmo fabricam a partir de determinadas práticas e demandas instauradas nas dinâmicas sociais. Desse modo, contemplamos, as narrativas relacionados à produção de identidades, memórias, esquecimentos, as experiências pessoais e coletivas, bem como às histórias de vida, incluindo o pensamento intelectual e seu engajamento. Além de pesquisas direcionadas a tais perspectivas, também nos interessa trabalhos que se dediquem a análises acerca das compreensões epistemológicas que compõem a própria noção de narrativa, como também os campos onde ela se situa numa dimensão “privilegiada” para reflexões em torno de si mesma, como a literatura, a análise do discurso, a escrita da história, a escrita de si e/ou do outro, dentre outras esferas de saber.


ST-06: Ensino de história e outras linguagens.
Prof. Dr. Jonas Rodrigues de Moraes (UFMA)
Prof. Dr. Dimas dos Reis Ribeiro (UFMA)

Este simpósio propõe articular discussões relacionadas entre ensino de História e outras linguagens. Enseja que o ST possibilite reflexões sobre as múltiplas estratégias por meio das quais docentes e pesquisadores da área de história utilizam como metodologia e construção de narrativas para desenvolvimento de prática docente e escrita historiográfica. Efetivamente pode-se afirmar que a música, cinema, teatro romance, poesia, literatura, entre outros códigos de linguagens favoreceram e ampliaram indubitavelmente o campo do docente pesquisador. Nessa perspectiva, é necessário que professores, pesquisadores e graduandos de história, entre outros profissionais e estudiosos das áreas de ciências humanas e sociais sejam provocados a refletir sobre sua prática pedagógica e sua escrita acadêmica. Com as novas revelações acerca de alterações na educação é possível discutir estratégias para melhoria do ensino de História e de outras áreas das ciências humanas e sociais no contexto atual? De modo particular sobre o aspecto do processo de ensino e aprendizagem dos docentes da disciplina história afirma que “[...] sendo o “‘fazer histórico’ mutável no tempo, seu exercício pedagógico também o é. Eu diria que ensinar História é uma atividade submetida a duas transformações permanentes: do objeto em si e da ação pedagógica” (KARNAL, 2013, p.7). Efetivamente, em um contexto mais amplo, o simpósio refletirá sobre a pluralidade e múltiplas signos artísticos e linguísticos bem como as manifestações de cultura popular urbana e rural que contribuíram para ampliação da relação da História com outras linguagens.

VAGAS ESGOTADAS PARA O ST-07
ST-07: Trabalho e Migração: experiências agrárias, memória e ação política.
Profa. Dra. Cristiana Costa da Rocha (UESPI)
Prof. Dr. Manoel Domingos Neto (UFC)
Profa. Esp. Lia Monielle Feitosa Costa (Mestranda UFC)

Pretendemos discutir pesquisas no âmbito da História Social, da História Cultural e da História Social da Cultura que perpassam temas corriqueiros nas experiências de homens e mulheres, normalmente abordados de modo segregado nas pesquisas desenvolvidas por historiadores. O campo das experiências, resistências, deslocamentos, mobilizações e estratégias políticas construídos nos mundos do trabalho são configuradas e  configuram-se na vida cotidiana, no que é repetido, usual e institui práticas culturais e sociais. A problematização do espaço/ tempo das religiosidades pressupõe a necessidade de interpretar o lugar do sagrado na instituição de práticas culturais e sociais, nem sempre restritas à territorialidade da devoção, mas normalmente transpostas e ressignificadas nos mundos dos trabalhos e na vida cotidiana de sujeitos plurais. Este simpósio, aberto ao diálogo e confronto com estudos antropológicos e sociológicos, intenta perscrutar estudos da história do tempo presente, compreendida como abordagem cujo recorte temporal constrói-se entre meados do século XX e a contemporaneidade, priorizando diálogos e embates entre a história e a memória, especialmente, através da incursão pela metodologia da História Oral.

VAGAS ESGOTADAS PARA O ST-08
ST-08: História das estratégias de controle social.
Prof. Me. Felipe da Cunha Lopes (UESPI)
Prof. Me. Ítalo Cristiano e Souza (UESPI)

O presente simpósio temático tem por finalidade tem por finalidade debater pesquisas que apresentem entre suas principais questões a construção e atuação de diferentes tecnologias voltadas para exercer controle social das mais diferentes classes ou grupos sociais ao longo do tempo. Entendemos que estes diversos mecanismos, sejam eles de ordem cultural ou social, são responsáveis por tentar estabelecer um processo de normatização da sociedade. Através de práticas discursivas e não discursivas são capazes de gestar práticas e representações que tem por objetivo disciplinar os indivíduos, determinando modos de agir ou estabelecendo outras formas de controle como a governamentalidade da população, a ideologia de classe, além de outras possibilidades. Interessam-nos pesquisas das mais diferentes correntes teórico-metodológicas que tratem de questões como as relações entre povo e Estado; instituições disciplinares; tecnologias de poder social; relação entre saber e poder; ideologia; luta de classes; práticas dos agentes de controle social entre outros.

VAGAS ESGOTADAS PARA O ST-09
ST-09: Movimentos sociais na contemporaneidade: histórias de lutas.
Profa. Dra. Rosângela Assunção (UESPI)
Profa. Ma. Eliane Aparecida Silva (UESPI)

O presente Simpósio pretende discutir os vários tipos de lutas do povo brasileiro na contemporaneidade. Afinal, acreditamos na capacidade de resistência dos brasileiros em lutarem por seus direitos. Neste contexto, presenciamos um momento de ebulição na História do Brasil recente, provando que a luta e a resistência fazem parte de nossa história. Gramsci (2010), o teórico da Práxis História, reforçava a necessidade do intelectual se tornar um colaborador da classe trabalhadora no sentido de auxiliá-la nas lutas cotidianas contra as investidas do grande capital. A partir dos aportes teóricos do campo do marxismo, pretendemos analisar o contexto atual das lutas sociais. Portanto, este simpósio temático pretende abrigar propostas de apresentação de estudos que abordem as lutas de trabalhadores, estudantes, mulheres, sindicatos, associações de moradores, dentre outras abordagens voltadas para as experiências nos mundos do trabalho.


ST-10: Matizes da escravidão: sujeito escravo e experiências da conquista (séculos XVII a XIX).
Prof. Dr. Mairton Celestino (UFPI/ANPUH-PI)
Prof. Me. Reinaldo dos Santos Barroso Junior (UESPI/UEMA/SWP/NEAFRICA)

Este ST pretende discutir a experiência dos escravos e a conquista do território durante os séculos XVII, XVIII e XIX. Entendemos que a conquista do espaço da América Portuguesa ocorreu com a ocupação dos espaços através do trabalho, ocupação e conquista engendrado pelas lógicas de trabalho do mundo colonial e monárquico que se focam sobre a escravidão do nativo ameríndio e do escravo africano. Assim, as ações de conquista e a ocupação pelo trabalho escravo e os arquivos e documentos usados no diálogo com esse passado é o foco desse ST.


SIMPÓSIO CANCELADO
ST-11: África(s): movimentos e contexto no espaço tempo. A áfrica como objeto de estudo pelas ciências humanas .
Prof. Dr. Antonio Evaldo Almeida Barros (UEMA/UFMA/PPGHEN/NEAFRICA)
Prof. Me. Wendell Emmanuel Brito de Sousa (CESC-UEMA/ NEAFRICA)

A África reacendeu nas últimas décadas dentro do cenário de interesse das produções acadêmicas. Dessa vez não capitaneada pelos poderes de racionalização que a obrigam a aceitar o colonialismo, mas a partir da profundidade das diferentes ciências. Nesse sentido, esse ST pretende abarcar todos os trabalhos que enfocam a África como foco de discussão, seja pela literatura, seja pela filosofia, quanto pela História, enquadrando toda a abrangente historicidade africana. Tanto na grandiosidade de reinos antigos, quanto durante o colonialismo e a partilha africana, quanto nos cenários de pós-independência.


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Minicursos




VAGAS ESGOTADAS PARA O MC-01
MC-01: História, cidade e manifestações de rua no tempo presente.
Profa. Dra. Cláudia Cristina da Silva Fontineles (UFPI)
Prof. Sthênio de Sousa Everton (Mestrando UFPI)

O presente minicurso objetiva ser um espaço de diálogo que privilegie os estudos entorno das manifestações de rua, que eclodiram pelo Brasil nas primeiras décadas do século XXI e que tiveram como pano de fundo, a luta por melhorias urbanas. Estas, como resultados direto da problemática urbana do presente, possibilitaram que diferentes sujeitos políticos, novas práticas e metodologias de organização e ação, emergissem nas ruas brasileiras. Como exemplo prático dessas manifestações destacaremos aquelas que aconteceram em Teresina em 2011 e 2012 que ficaram popularmente conhecidas como “#ContraoAumento”, como também as que  aconteceram em outras capitais brasileiras entre 2013 e 2015, conhecidas como “jornadas de junho”.  Ambas começaram na reivindicação da qualidade do sistema de transportes coletivos, e a diminuição da tarifa dos ônibus, porém seguiram rumos diferentes. Assim, nosso intuito será o de considerar essas manifestações tendo como ponto de partida a “questão urbana”, e prosseguir na relação das manifestações com o campo político atual, e assim contribuir para uma historiografia que privilegie o presente como objeto de estudo.

VAGAS ESGOTADAS PARA O MC-02
MC-02: Tempo de lembrar: memória e oralidade.
Prof. Me. José de Arimatéa Freitas Aguiar Júnior (CEAD – UFPI)

Neste minicurso abordaremos alguns estudos sobre memória e suas matrizes teóricas e metodológicas no campo historiográfico. Dialogaremos com teóricos que analisam os percursos que a memória encontrou na oficina do historiador, análises que passam pela memória coletiva, memória individual, memórias subterrâneas, enquadramento da memória, sua relação com a identidade, esquecimento, entre outras conexões. Quanto à oralidade, discutiremos como aplicar a metodologia/técnica da história oral em pesquisas, escolha dos entrevistados, tipos de entrevistas, roteiros, gravação, tratamento do acervo e a ética em história oral. O minicurso tem a intenção de possibilitar aos alunos subsídios teóricos e práticos para o desenvolvimento de seus estudos e pesquisas.

VAGAS ESGOTADAS PARA O MC-03
MC-03: Ver, ouvir e historiar o sagrado: o uso das fontes orais no estudo das religiões e das religiosidades.
Profa. Ma. Sabrina Verônica Gonçalves Lima (UESPI)

O presente minicurso tem como objetivo traçar caminhos e possibilidades para o uso das fontes orais nos estudos das religiões e religiosidades. Possibilitando assim um espaço de troca de experiência, atualização e problematizações conjunta sobre as formas de perceber, analisar e compreender os fenômenos religiosos. Assim, pretendemos reunir estudantes e profissionais se interessam pela temática e metodologia, vamos apontar de que forma as fontes orais se constituem como instrumento de acesso às diversas concepções e relações com o sagrado contribuir para a ampliação desse campo de estudo no Piauí.


MC-04: Gênero, Saúde e Assistência: a discussão materno-infantil na história
Profa. Dra. Joseanne Zingleara Soares Marinho (UESPI)
Profa Ma. Lívia Suelen Sousa Moraes Meneses (UESPI)

Assistir, cuidar, amparar e prover a saúde são ações relacionadas histórica e culturalmente às definições e performances de gênero. Em todas as sociedades e em diferentes temporalidades os cuidados são necessários para a preservação da vida, tanto em escalas cotidianas e privadas, quanto na elaboração e organização de políticas públicas nacionais, especialmente na área da saúde ou de projetos filantrópicos. Este minicurso se propõe a ser um espaço de discussão e reflexão sobre a relação entre gênero, saúde e assistência no campo historiográfico, com foco na temática materno-infantil. Aborda-se as dimensões históricas, culturais e políticas das práticas, dos saberes, das representações e das identidades que se configuram neste campo da assistência à saúde materno-infantil e sua interface com a subjetivação de papéis femininos e masculinos. Entende-se que os campos se estruturam a partir das relações de aliança e/ou conflito entre seus diferentes agentes que lutam pela posse de determinadas formas específicas de capital simbólico. As hierarquias, no interior de cada campo, se estabelecem pela maior ou menor detenção, pelos agentes, dessas formas específicas de capital. Lutas e estratégias assumem características específicas relativas à disputa pelo capital em jogo, estando inseridas no espaço em que os agentes ocupam no campo (BOURDIEU, 1989, 2003). Portanto, discutir a criação de um campo de saúde materno-infantil nos leva a uma reflexão tangencial a respeito de gênero, cuidados e assistência na configuração de profissões, de saberes e de intervenções políticas e institucionais.



MC-05: História Agrária no Brasil: temáticas e desafios
Prof. Esp. Lia Monnielli Feitosa Costa (Mestranda UFC)
Prof. Marcelo Aleff de Oliveira Vieira
Prof. Lucas Ramyro Gomes de Brito

O presente minicurso tem como objetivo promover o conhecimento de algumas contribuições para história social do campesinato no Brasil, destacando alguns eixos norteadores da historiografia que ajude a pensar novas questões. A partir da análise dessas contribuições, mergulhamos em pesquisas direcionadas para entender os mais diversos aspectos da condição camponesa: sua produção/reprodução, estratégias de luta e sobrevivência, modos de vida e sociabilidades, acompanhando trajetórias onde se desnudam experiências como elementos mais importantes, em detrimento à primazia do econômico estabelecida como cânone durante anos por estudos direcionados ao campo. Em meio a mais um debate atual acerca da questão agrária e da “vocação agrícola do país” com a expansão do agronegócio, propomos este minicurso também para lançar o desafio de novas temáticas que contribuam com o perscrutar de vários “brasis rurais” esquecidos.


MC-06: História da Polícia no Piauí: análise e perspectivas atuais
Prof. Marcelo Cardoso (Mestrando UFPI)
Prof. Dr. Johny Santana de Araújo (UFPI)

Antes dos anos 1960, o tema da história da polícia no Brasil era tratado quase exclusivamente por uma historiografia oficial produzida por antigos policiais (BRETAS; ROSEMBERG, 2013. p. 1). A partir daí as agitações raciais e estudantis apresentaram elementos que contribuíram para fazer o tema, polícia, sair do ineditismo para ter uma visibilidade e despertar o interesse da academia. Hoje há um avanço na problematização das questões que envolvem a história da polícia no Brasil. Esses efeitos são observados por meio de um maior número de dissertações, teses e artigos produzidos mostrando a potencialidade do campo em despertar novos pesquisadores, promovendo novos questionamentos. A proposta do minicurso “História da Polícia no Piauí: análise e perspectivas atuais” se justifica na necessidade de verificar a situação da produção no Estado e avaliar sua potencialidade para a historiografia do Piauí e Brasil. Os objetivos pretendidos com a proposta são: estudar como tem sido produzido a historiografia sobre a polícia no Brasil; verificar a produção acerca da história da polícia no Piauí; refletir acerca das fontes e da metodologia para produção de uma história da polícia hoje.


MC-07: A NAÇÃO, O EXÉRCITO E O CIDADÃO: a experiência do serviço militar na sociedade brasileira da segunda metade do século XIX à primeira metade do século XX
Profa. Ma. Clarice Helena Santiago Lira (UESPI/UFSM)
Prof. Me. Elton Larry Valério (IFPI)

Este minicurso tem como objetivo discutir o estado da arte sobre a história do exército brasileiro dando ênfase aos estudos que tratam das experiências de recrutamento acontecidas na segunda metade do século XIX e primeira metade do século XX e sua relação com as ideias de Nação e cidadania que circulavam nos períodos citados. Para isso, as análises estarão baseadas na perspectiva da Nova História Política, por consideramos que a operacionalização do serviço militar se articula a um modelo de sociedade e de cidadão que o Estado Brasileiro, mediado por instituições como o Exército, intencionava implantar. De acordo com René Rémond (2003, p. 26), essa Nova História Política “[...] preenche todos os requisitos necessários para ser reabilitada”, porque passou a se ocupar, entre outros aspectos, com o estudo da participação das massas na vida política, integrando à cena histórica todos os atores sociais, inclusive os mais modestos. É importante ressaltar que ao trabalhar com a história do exército brasileiro, também estaremos nos referenciando na perspectiva da Nova História Militar, fruto de um amplo debate de historiadores que estudam as instituições militares e sua relação com a sociedade, afastando-se da perspectiva de história militar tradicional que estudava as batalhas e os “heróis militares”.


MC-08: Do individual ao coletivo: direitos humanos e cidadania
Prof. Esp. Cássio Fran Nunes Lima (UESPI)
Prof. Lívia Beatriz da Silva Alencar


O que é cidadania? O que são os Direitos Humanos? O que é ser cidadão? Será que em pleno século XXI cabe discutir sobre essas questões ou, por acaso, já são temas ultrapassados? Recentemente temos percebido no Brasil e ao redor do mundo diversos movimentos e acontecimentos que contrariam a lógica presente nesses Direitos, fazendo com que reflitamos sobre esses questionamentos e sua utilidade na nossa sociedade atual. Dessa forma, a cidadania será apresentada nesse minicurso enquanto um processo histórico, suas origens e transformações ao longo do tempo, bem como sua conquista e ampliação no Ocidente a partir das lutas sociais. Além disso, buscar-se-á compreender também o surgimento dos Direitos Humanos e sua relevância para o contexto social no qual estamos inseridos. Sendo assim, propõe-se o conhecimento dos temas sugeridos para um melhor entendimento de nossa sociedade. No que concerne a nossa realidade social, a Constituição Federal de 1988 da República Federativa do Brasil tem um forte apelo social, garantindo direitos individuais e coletivos que teoricamente dariam condições de uma vida digna a todas as pessoas domiciliadas em território brasileiro. Isto se constata quando se analisa de forma pormenorizada o Capítulo I da Carta Magna, em especial o Artigo 5º, mas, quando se utiliza a primazia da realidade para melhor avaliar como a dignidade está sendo oferecida às pessoas em território brasileiro, percebe-se que o Estado tem feito pouco para garanti-la conforme normatizada através das várias legislações existentes. Por isso ressalta-se a importância dessa discussão no meio acadêmico e pedagógico, como forma de ampliar o debate acerca das temáticas.